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Realmente já não surpreendem iniciativas de tal jaez,
destinadas a cercear avanços democráticos e a solapar a consolidação
republicana que o país vem conquistando a duras penas.
De fato, além de toda a sorte de disfuncionalidades
jurídicas que a aprovação da referida proposta pelo Congresso Nacional pode
trazer, o que se revela com a iniciativa é justamente o inconformismo de dadas
parcelas da sociedade com a possibilidade de serem trazidas à baila do Poder
Judiciário.
Com efeito, em virtude de inúmeras investigações levadas a
cabo pelo Ministério Público no Brasil, recorrentes têm sido as notícias de
ajuizamento de ações penais em face de pessoas que gozam de poder econômico,
político e social.
Além disso, o aspecto quase sindical da proposta revela uma
disputa institucional que só vem a calhar à criminalidade, uma vez que a
exclusividade na investigação criminal somente produziria uma ineficiência
muito maior do que a verificada hoje.
De fato, o vetusto inquérito policial, burocraticamente
conduzido, somente tem servido, com raras e louváveis exceções, a averiguar
crimes de pequena monta cuja natureza não incomoda os verdadeiros responsáveis
pelas inúmeras disparidades sociais que vivenciamos no Brasil, todas
inequivocamente vinculadas ao degradante processo de corrupção no setor
público.
Isso porque é universalmente sabido que a Polícia possui
dificuldades muito grandes para investigações de casos envolvendo pessoas com
poder político e econômico, haja vista a inexistência de garantias como a
inamovibilidade e vitaciliedade para os Delegados de Polícia.
Desse modo, uma das conseqüências da aprovação da proposta
todos sabemos, qual seja, o aprofundamento da imunidade penal material daquele
extrato da sociedade responsável pelos grandes escândalos de corrupção que se
verificam diuturnamente no Brasil.
Nesse prisma, é triste reconhecer que talvez essa
exclusividade de investigação criminal se some ao foro privilegiado, à prisão
especial e outras inúmeras características que tornam esse país apenas formalmente
constitucional e quase que um paraíso jurídico-penal.
Louvável seria que ao invés de apresentar propostas que
apenas atrasam o processo de consolidação democrática no país, o Congresso
Nacional se ocupasse de aprovar leis endurecendo o combate a corrupção, a
evasão fiscal, a lavagem de dinheiro e criassem mecanismos eficientes para o
combate ao crime organizado.Talvez também fosse interessante a extinção da
infindável cadeia de recursos procastinatórios que bem e apenas servem à elite
da criminalidade e conduzem invariavelmente à prescrição.
Na mesma linha, talvez a prescrição penal também poderia
ocupar a pauta de trabalho do Congresso Nacional, com a extinção dessa
modalidade de extinção da punibilidade após o ajuizamento da ação penal, uma
vez que aí já não é verificada a inércia do Estado que a fundamenta.
A igualdade, no entanto, no Brasil apenas permanece como uma
palavra vazia de conteúdo jurídico e social em um país que infelizmente
continua a ser de poucos.
Fonte: Ui
infelismente vivemos nessa lata de lixo! que só almenta a violência e a pobreza! e querem criminalizar a pobresa com o trafico! afinal é o trafico que fortalecem os corruptos!
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